"Porque a mais razoável das loucuras é aquela partilhada com o mundo." "Para um mundo razoável esqueçam a loucura das partilhas.."

Wednesday, August 31, 2005

Notting Hill Carnival


Leela James

Quem teve a sorte e fortuna de apanhar o M (Ant3, 19-21h) do passado Domingo ficou a saber um pouco mais acerca do Carnaval de Notting Hill em Londres. O evento realiza-se todos os anos naquele bairro londrino e não é mais do que um desfile de milhares de pessoas, adornadas com os mais distintos acessórios, ao som de diferentes estilos de música, da Soul ao Rock e do Samba ao Hip-Hop. Alguns desses sons são posteriormente compilados pelo senhor (vénia) Norman Jay e lançados numa colectânea de nome Good Times. O recente Good Times 5 ainda não conta com as músicas que tocaram o fim-de-semana passado em Londres, estas coisas levam o seu tempo.
Se recuarmos no tempo, Good Times 3 conta com uma música que venceu a herculiana tarefa de me viciar, If I Lost You de Michelle Shaprow (remixada por King Britt) é um manual da música que me preenche.
Também no M de Domingo me deram a conhecer Leela James. Mais uma voz (e que voz!) da neo-soul, influenciada por Aretha Franklin e Chaka Khan, que só agora se dedicou ao mercado. Em Junho deste mesmo ano caiu nas lojas A Change Is Gonna Come que conta com a colaboração de Kanye West, Wyclef Jean, entre outros. Ficam as sugestões.

Michelle Shaprow - If I Lost You (King Britt scuba mix)
Leela James - Music
Leela James - Good Time
Leela James - No Tears
Leela James - Rain
Leela James - My Joy
Leela James - Mistreating Me
Leela James - Prayer

Lizz Wright


Lizz Wright

Lizz Wright nsceu na Georgia em 1980. A influência musical deve-a ao seu pai, pianista e director musical na comunidade paroquial de Hahira.
Em 2000 juntou-se ao quarteto In The Spirit e a performance deste grupo desde logo despertou a crítica para o talento de Lizz e Cª. Em 2002 assinou pela editora Verve e lançou o seu primeiro álbum, Salt. Já este ano terminou o fantástico Dreaming Wide Awake que encontram unica e exclusivamente na FNAC ou via piratiquices que a WWW nos disponibiliza (eu não disse isto e o meu verdadeiro nome é Rudolfo).
Lizz Wright é o R&B pincelado pelo mais melódico Jazz e Gospel.

Lizz Wright - Goodbye
Lizz Wright - Stop
Lizz Wright - When I Close My Eyes
Lizz Wright - Get Together
Lizz Wright - Chasing Strange

Sunday, August 28, 2005

Para a M.


M.

Mínimo é o mérito da minha mão. Maior é o morbo que me magnetiza a ti. Monossílaba de louvor.
Menina-mulher, matriz do meu amor, maravilha do meu mundo, metade de mim.

De mim, mimo.. Muito mimo.
Amo-te miúda.

Papel higiénico..

Estou sob o efeito dos três S's. Saudade, sono e SuDoko.
O resultado não é mais do que umas quantas parvoíces que mais cedo ou mais tarde acabam por figurar para a posterioridade na efemeridade deste blogue.
Gosto de escrever assim, um tanto ou quanto atarantado.
O comportamento alucinogénico podia ser justifucado pelo Danacol que furtei ao meu pai (prazo de validade a 9 de Setembro, conferi e memorizei), pelo cigarro a correr acompanhado por esgares de esforço que a luz de Domingo me provocam ou pela metáfora engraçada a que resumi a minha existência.

Sou feito de papel. Sou, sim.
Papel reciclado ao Domingo.
Papel de jornal nos dias de aculturamento.
Papel de caderno (folhas brancas, nunca com linhas) nas horas de desabafo.
Papel rugoso de raiva quando nem a caneta me diz o que quero lêr.
Papel de fotografia no louvor às memórias.
Papel de embrulho na hora de mimar quem para mimar existo.
Papel de revista na coscuvelhice do quiosque.
Papel sujo de feio quando improviso talento ao desenho.
Papel amarrotado em esfera nos cantos do quarto.
Papel que vinca mas não rasga.

Preciso de dormir..

Thursday, August 18, 2005

The Arcade Fire


The Arcade Fire

Ontem foi um grande dia em Paredes de Coura, e nem vos falo de Futurheads, Hot Hot Heat ou Pixies.
Queens Of The Stone Age, The Roots e The Arcade Fire brindaram o festival minhoto com o que de melhor fazem pela música. Certas e sabidas são as minhas afinidades para com a banda de Josh Homme e para com o groove muito soul dos The Roots. Ao que li, não desapontaram em Paredes de Coura. QOTSA com um concerto algo maquinizado mas esta banda em piloto automático consegue superar muitas e muitas bandas que suam as estupinhas para uma actução digna. The Roots tiveram algumas quezílias com o público que já chamava por Josh Homme e Cª mas não deixaram de brilhar.
Os Arcade Fire são talvez a grande revelação da nova geração de bandas que agora despontam. David Bowie refere-se a estes jovens como a melhor coisa que aconteceu à música nos últimos anos. Os U2 estão a dar-lhe a visibilidade e o protagonismo que merecem.
Ando a seguir com atenção (e maior disposição ultimamente) a evolução desta banda canadiana. A ouvir,

The Arcade Fire - Crown Of Love
The Arcade Fire - In The Back Seat
The Arcade Fire - Wake Up
The Arcade Fire - Haiti
The Arcade Fire - Une Auneé Sans Lumière

Monday, August 15, 2005

Saudade


Saudade

Sentimento de uma só língua, filho bastardo do afecto, apêndice da distância, amante do relógio, lágrima conformada, ordinário.. És saudade.
És horas sem sono, és saudade.
És música sem palavra, és francês sem legenda, és livro sem título, és saudade.
És noite sem lua, és praia sem mar, és água sem sede, és saudade.
És rio sem barco, és toque sem mão, és beijo sem boca, és saudade.
És nó na garganta, és cenário de infinito, és saudade.
Saudade, querer sem ter, não ter e não poder.

As tuas cuecas não têm fronteiras!


Eladio Climaco

Os suspiros dos suspeitos já me faziam suspeitar (isto não foi coisa alguma, engenhei a frase baseada na fonética curiosa). A notícia caiu que nem uma bomba na redacção d' As Pancadas do Menino, nos estúdios da RTP, na editora Farol, em Reguengos de Monsaraz e no quarto de hóspedes do Vaticano. Eládio Clímaco e António Manuel Ribeiro (vocalista dos UHF) têm uma atracção sexual mútua.
Ao que apurei, o conceituado e embalsemado apresentador de televisão há muito que nutre, e passo a citar "uma queda a caír pó apetite pelo Tó Mané". Eládio não se quis alongar nos comentários mas, segundo fonte fidedigna e corrompida, a atracção começou a ganhar contornos na 12ª edição dos Jogos Sem Fronteiras do era moderna quando o agora vocalista dos UHF transportava baldes anónimos de água à cabeça por amor a Portugal e à cidade de Elvas.
Já António Manuel Ribeiro confessa ter-se inspirado em Eládio para compôr temas com Sou Benfica e De Cuecas Ficas Melhor. As Pancadas do Menino consegiu chegar à conversa com o carismático (benfiquista, divorciado e sócio do ACP) líder dos UHF que confessou o seu desejo de "fazer amor benfiquista com o Eládiozinho".
Neste jogo da atracção sem fronteiras o 24Horas já ofereceu uma viagem a Montegordo e duas caixas de Xanax aos pombinhos em troca da reportagem exclusiva do primeiro beijo com língua do mais recente caso mediático desta terra de sol, mar e IVA a 21%.

Tuesday, August 09, 2005

A SportTV também não é para todos..


Muse

Matthew Bellamy, Chris Wolstenhome e Dominic Howard, naturais de Devon, começaram a tocar juntos com 13 anos de idade. Chamavam-se então Gothic Plague. As incertezas da adolescência moldaram o nome da banda. Foram Fixed Penalty e mais tarde Rocket Baby Dolls. Em 1997 autodenominaram-se Muse e assim assinaram todos os trabalhos até hoje editados. Showbiz, The Origin Of Symmetry, Hullabaloo e o mais recente Absolution compõem o portfolio da banda.
Quem os ouviu nos primórdios da sua carreira classificou o seu som como uma mistura de Radiohead e Nirvana. Não contesto mas discordo.
Os Muse são a balanceada voz de Matt, são o rock poderosamente embalador, são a música de braços abertos, em tom ascendente até ao grito mais agudo.
Muse não é para todos.

Muse - Map Of Your Head
Muse - Feeling Good
Muse - Muscle Museum
Muse - Butterflies & Hurricanes
Muse - Sing For Absolution
Muse - Unintended
Muse - Citizen Erased

Friday, August 05, 2005

Jamie Lidell


Jamie Lidell

Não é todos os dias que se encontra um branco que canta como um negro.
Jamie Lidell acabou de lançar o seu primeiro álbum, Multiply.
Lidell é cantor, instrumentista, compositor, contabilista, benfiquista e vegetariano (os últimos três ainda necessitam de confirmação).
É o que se ouve por aqui..

Jamie Lidell - Multiply
Jamie Lidell - A Little Bit More
Jamie Lidell - Daddy's Car
Jamie Lidell - Music Will Not Last
Jamie Lidell - When I Come Back Around
Jamie Lidell - The City

Vou escrever DZRT daqui a nada..

Allô, allô, escuto.. Daqui, o ponto da situação.
36ºC (trinta e seis) e se bem me recordo deixei algo lá fora que já deve estar inanimado. Aqui no quarto a temperatura é ligeiramente mais amena mas a sensação de sufoco que os CDs espalhados me impingem humedecem-me as entranhas das mãos.
À distancia ouço o irmão mais novo no desafio de superar em decibeis os desafogados desafinos dos DZRT (nunca tinha escrito o nome da "banda", é giro..parece FHKJOJFHNU).
A televisão está aqui ao lado, vejamos..
RTP1, começou qualquer coisa que se intitulou "espaço de desintoxicação televisiva" e onde uma mulher, por detrás de uma secretária se mantém em silêncio absuradamente ensurtecedor. Passo.
A 2:, não sei o que está no ar mas atento ao jovem provavelmente licenciado em Linguagem Gestual a fazer de tudo para ganhar a vida no canto inferior direito de todos os televisores portugueses. Como entra ele alí?
Apercebi-me entretanto que o "espaço de desintoxicação televisisva" ocorria no intervalo da transmissão da Volta a Portugal.
SIC, publicidade estilo TvShop.
TVI, ficção portuguesa, Os Serranos. Pelo que entendi, pretendem oferecer um protótipo da familia tradicional portuguesa. Não conseguiram.
A Cabo nem vai merecer a minha avaliação, não há muitas opções. Programação inútil, meninas do côr semi-desnudas atacadas pelo olhar matreiro de meia-duzia de hip-hopeiros não necessariamente de côr e carros que só um negro pode roubar ou uma irlandesa vencedora do Euromilhões pode comprar, informação actualizada acerca dos 1784 fogos que desvastam a esta hora a aldeia de Pêras Rosadinhas e o Odisseia. Tudo isto me interessa tanto quanto a carreira dos Delfins.
A música também não está a contribuir. A minha busca aleatória patrocinada pelo Soulseek está a ser pouco produtiva.
Até agora, consumo sem esgar..

Queens Of The Stone Age - I Never Came
Goldfrapp - Paper Bag
Sufjan Stevens - Concerning the UFO
Stephen Malkmus - Pencil Rot
Four Tet - She Moves She

Já agora, esta citação retirada do blog Voando à Deriva.
"Santa Maria da Feira é das cidades mais bonitas que conheço. Tem um castelo muito bonito e o centro da cidade é muito verde. E há festivais para gente sentada, festivais de rua e festidades medievais. As pessoas são muito simpáticas e bonitas e sorriem muito. (...) É pena é não existirem parques de campismo ou pousadas da juventude. Assim tenho de esperar que alguém me ofereça uma casa lá."

Feirense babado...

Thursday, August 04, 2005

Listen To..

Música..
Porque apesar de a minha terrinha estar a arder e nem o amarelo do Sol conseguir descobrir, hoje é um grande dia!
Música, meus senhores..

Jamie Lidell - A Little Bit More
Joe Strummer & The Mascaleros - Mondo Bongo
Joss Stone & Nadirah Seid - Wicked Time
Hooverphonic - Jack's Delirium
Beth Orton & Ben Harper - Love Like Laughter
Athlete - Half Light
Joss Stone - Alfie

Wednesday, August 03, 2005

Histórias de Amor


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Gosto de histórias de amor. Quem não gosta?
Gosto de ouvir enredos românticos, quase lamechas, de desconhecidos, gosto de aconselhar os amigos cuja patologia é o inofensivo amor, dou prioridade aos filmes românticos do clube de vídeo, faço intervalo no zapping quando no ecrã me exibem um longo e sentido beijo.
Gosto de corações, no fundo até gosto de cor-de-rosa e a masculinidade que me conferiram permite-me assumi-lo sem condicionantes existenciais.
Gosto de uma boa história de amor, com princípio, meio e sem fim.
E não há melhor história de amor do que a minha, aquela que vem sendo escrita a dois, com carinho, dedicação e apoio. Está a crescer. A nossa (porque já não é só minha) história não pára de crescer.
O argumento que improvisámos todos os dias, o enredo suportado sempre pelo sentimento, o final que nunca o será..
Adoro a nossa história de amor.

Para a minha protagonista,
Beijo (igual a todos os que partilhamos nestes 6 meses)