"Porque a mais razoável das loucuras é aquela partilhada com o mundo." "Para um mundo razoável esqueçam a loucura das partilhas.."

Monday, July 24, 2006

"We'll be back soon"



Não quero nem vou deixar que este espaço se torne um santuário de culto aos Strokes mas também não posso deixar de falar do concerto de Sábado.
Sou suspeito, corrupto e parcial para analisar justamente a prestação dos rapazes mas, sem fanatismos desmesurados, foi dos melhores concertos que alguma vez vi. E o Psycological Hotdog que já jazia no meu estômago teve publicidade gratuita (seven thousand people's private joke).
De resto, Dirty Pretty Things deram-me o que já deles esperava: guitarras, energia e um saudosismo saudável por uns Libertines cada vez mais distantes (acho justo mencionar que vi um miúdo de 17 anos, não mais, ser insultado por vestir uma tshirt do Pete Doherty. Mas gostei da tshirt). Os She Wants Revenge de letras minimalistas e ritmos dançantes convenceram quem não escolheu a hora da actuação para comer. Isobel Campbell de som deficiente mas com cenário fim-de-tarde idílico. Dos Los Hermanos pouco me lembro - estava a jantar - mas reparei que jogaram futebol em palco. As outras duas bandas não vi.
Escrevo e imortalizo que estive presente na primeira actuação dos Strokes em Portugal, com o Tejo como testemunha e a brisa de Verão a arrefecer-me a ansiedade. Escrevo e imortalizo que estive na maior concentração de All Stars e tshirts dos The Who que este olhos já viram. Escrevo e imortalizo que o Nick Valensi tem de cortar o cabelo e o Carl Barât tem de esticar.

Friday, July 21, 2006

Já não era sem tempo!



Não é todos os dias que chove a oportunidade de assistir a um concerto da nossa banda de eleição.
Daqui me despeço por um fim-de-semana. Espera-me um despertador que já marca as 7h00 da matina, dois combóios, refeições precárias, cervejas amenas, uma Lisboa já quase estranha e um festival que de Soundz diz ser farto. Por lá nos encontramos, entre as baladas da Isobel Campbell, o regresso aos 80's dos She Wants Revenge, as guitarras dos Dirty Pretty Things e a omnipotência dos Strokes.

The Strokes - Last Nite
The Strokes - Someday
The Strokes - Razorblade
Dirty Pretty Things - Bang Bang! You're Dead
Dirty Pretty Things - Gentry Cove
She Wants Revenge - I Don't Want To Fall In Love
She Wants Revenge - Broken Promises For Broken Hearts
Isobel Campbell - Revolver
Isobel Campbell - Ballad Of Broken Seas

Thursday, July 20, 2006

O meu papel é higiénico

Defecar é o único acto que nos reduz à mais primária condição humana. Não há gaveta social que resista a uma bela ponta-final do processo digestivo. Afortunados, analfabetos, simpáticos, alcoólicos, camionistas, humoristas, gulosos, meticulosos ou asmáticos. Todos somos iguais quando o objectivo é soltar o cozido-à-portuguesa do almoço.
Eu gosto de o soltar com calma. Agradam-me os minutos descontraídos em que espero por ele. Convido-o a apresentar-se ao serviço enquanto faço bolinhas com os pêlos das pernas e enquanto penso porque raio o enfeminado vocalista dos Fingertips namora uma das gémeas dos Morangos Com Açúcar.
Gosto de como o faço. Fazia-o mais vezes ao dia se o meu organismo assim o exigisse. Fazia sim..
My privy is my bitch.

Wolfmother - Woman
The Kills - Cat Claw
The Kills - The Good Ones
The Kills - Wait
Yeah Yeah Yeahs - Machine
Thom Yorke - Black Swan
Arcade Fire - Maps (YYY's Cover)
Electric Six - Dance Commander
Joan As Policewoman - Eternal Flame

Wednesday, July 19, 2006

Joan As Policewoman



Joan Wasser é a minha descoberta orgulhosa destes dias. Abriu concertos dos Scissor Sisters, Lou Reed, Elton John, Rufus Wainright e Joseph Arthur até lançar o Joan As Policewoman (um EP de dimensões industriais). Já este ano soltou cá para fora Real Life, motivo de júbilo de um comprador compulsivo que já esmigalhou a mesada.

Joan As Policewoman - Eternal Flame
Joan As Policewoman - Real Life
Joan As Policewoman - The Ride
Joan As Policewoman - Anyone
Joan As Policewoman - I Defy

Thursday, July 13, 2006

Melting down down down



Sou só eu que estou a suar ou estamos todos a derreter os bolos de arroz que armazenamos ao longo do ano?
Enquanto continuo a desintegrar-me paulatinamente, enquanto temo pela chegada da noite pela certeza de que será só mais uma mal dormida, enquanto estudo para qualquer coisa que nem sei bem o que é (apenas aquilo que nunca quis estudar), refugio-me no de sempre.
Hoje são os Rinocerose, os Butch Walker & The Lets Go Out Tonites, os El Presidente e outros tantos..

Rinocerose - Lost Love
Rinocerose - Music Kills Me
Butch Walker - Ladies And Gentlemen
Butch Walker - Hot Girls In Good Moods
El Presidente - Without You
El Presidente - Count On Me
The Kills - Fuck The People
The Organ - Brother

Thursday, July 06, 2006

Não são os teus lábios



Não se iludam em como são os lábios da Scarllet Johansen, a inocência e fragilidade da Audrey Tautou (estilo serviço de cristal, bem sugerido) ou o desleixo sensual da Natassja Kinski que me algemam aos filmes. Muito mais do que os atributos das protagonistas, bem mais do que a fotografia cuidada, mais do que o final feliz é a música que me cadastra às películas.
Hoje, num cada vez mais recorrente acto de loucura, comprei as bandas sonoras de três dos meus filmes de eleição. Lost In Translation OST, Amélie From Montmartre e Paris-Texas OST passam a fazer ter também eles o direito de ritmar as minhas quase-nunca-mais-foda-se-que-já-vinham férias.

Happy End - Kaze Wo Atsumete
My Bloody Valentine - Sometimes
Air - Alone In Kyoto
Phoenix - Too Young
Yann Tiersen - La Valse d'Amélie
Yann Tiersen - Le Moulin
Yann Tiersen - Pas Si Simple
Yann Tiersen - Sur Le Fil
Ry Cooder - Paris, Texas
Ry Cooder - No Safety Zone
Ry Cooder - Canción Mixteca
Ry Cooder - She's Leaving The Bank

Wednesday, July 05, 2006

Três vezes



Hoje vi a Mischa Barton.
E ela sorriu para mim..

My Lovely Polaroid



Estou completamente apaixonado pela minha Polaroid. Tímida, empoeirada e arcaica (mas inocentemente sedutora) lá estava ela nas grutas cá de casa pronta a conduzir-me à perdição.
Não festejarei aniversário em breve, o Natal ainda vem longe e o meu bom comportamento nunca se traduziu em oferendas mas, com humilde gratidão, passo a aceitar todas as cargas de Polaroid 600 que me possam oferecer. Só custam 18€ e dão direito a umas limitadas mas saborosas 10 fotografias.
Estupida e dispendiosamente viciante..