"Porque a mais razoável das loucuras é aquela partilhada com o mundo." "Para um mundo razoável esqueçam a loucura das partilhas.."

Sunday, November 27, 2005

I Don't Miss You Anymore



I don't miss you anymore
Unless the moonlight's grey
Or on a stogy night
I just might miss you
A little bit

I don't miss you anymore
Unless it's a cloudy day
Or if the sun shines bright
I just might miss you
Not in there

I don't miss you
'Till the morning fills the air
Or the afternoon is fair
Or the evening light is barely there

I don't miss you
And you know is not a lie
Unless the moon is floating high above the perfect midnight sky
I don't miss you
'Till the morning fills the air
Or the afternoon is fair
Or the evening light is barely there

I don't miss you anymore
Unless I close my eyes
Especially open wide
I see I miss you every day
Lisa Ekdahl

Sunday, November 20, 2005

Elizabethtown



Ou se ama ou se odeia.
Uma história de amor com diálogos diferentes, monólogos inovadores e temática arrojada.
Um filme para quem faz compilações de músicas para a namorada, para quem partilha música à distância e para quem gasta demais ao telemóvel.

Ryan Adams - Come Pick Me Up
Tom Petty - Square On
The Hollies - Jesus Was a Crossmaker
Jeff Finlin - Sugar Blue

Saturday, November 19, 2005

Kanye West



Antes de músico é produtor. Trabalhou com nomes como Jay Z, Alicia Keys e Jamie Foxx antes de lançar o seu álbum de estreia, The College Dropout.
Natural de Atlanta, Kanye West é hoje uma referência da música americana. Late Registration, ainda não aqueceu lugar nas lojas e já é um dos melhores álbuns de 2005.

Kanye West - Gold Digger
Kanye West - Gone
Kanye West - Hey Mama
Kanye West - Bring Me Down
Kanye West - Diamonds From Sierra Leone
Kanye West - Drive Slow

Sunday, November 13, 2005

Só música, por favor..


Marlango

Acordei com a sempre oportuna vontade de me deixar adormecer por mais um dia ou dois. Lembro-me que a primeira coisa que senti foi o nariz, para logo deixar de o sentir fruto de um frio que ainda agora, já tarde madura, me incomoda como nenhum outro. Não há pior frio do que o de Domingo.
E o pingo? Aquele pingo atrevido que foge à sucapa do nariz, o tal que não sinto, e escorrega sorrateiro até que a iminência de tocar no lábio superior, qual alarme, me obriga a combater a petrificação e esboçar um enxaguar rápido e eficaz daquela área húmida da minha cara. Detesto o pingo!
Para aquecer só mesmo a voz quente da namorada, o cachecol por demais simpático para ser meu (é do meu irmão) e a música aconchegante dos Marlango.
Marlango são Leonor Watling, Alejandro Pelayo e Oscar Ybarra. O seu segundo álbum, Automatic Imperfection, já está por aí para consumir até que o frio se renda. Porque de Espanha não quero o vento nem casamento..

Marlango - Maybe
Marlango - Architecture of Lies
Marlango - Once Upon a Time
Marlango - Madness
Marlango - Automatic Imperfection
Ryan Adams - Come Pick Me Up
The Divine Comedy - Victoria
The Divine Comedy - Gentleman Who Fell

Friday, November 11, 2005

Nota da Gerência

A gerência deste modesto mas honesto establecimento tem o prazer de informar que toda e qualquer opinião directa ou indirectamente relacionada com Jornalismo (estando a totalidade dos trabalhos da cadeira TEJ Online incluídos) passará a figurar para a posterioridade num outro espaço não menos informativo.


(Resumindo e facilitando, toda a treta mais séria levantou o traseiro deste blogue e mudou-se para um novo)

Com os melhores cumprimentos,
O Menino

Wednesday, November 09, 2005

A Love Song For Bobby Long



A noite estava fria e de pouco me servia a quantidade de roupa que colei ao corpo. Podia muito bem dedicar-me mais uma noite ao Paul Auster e ao delicioso A Música do Acaso, podia render-me só mais uma vez aos Belle & Sebastian que me sussurram com constância do iTunes cá do sítio ou podia vegetar a ver televisão até que o sono me conquistasse. Felizmente, qual menino prevenido, tinha por cá isto para me enternecer...
A Love Song For Bobby Long (Uma Canção de Amor, como traduziu o português) é um filme de 2004. É a partilha de algo não muito distante de uma vida entre 3 pessoas, um ex-professor que é ao mesmo tempo escritor, o seu protegido que também é escritor e uma jovem que, vinda do nada, mudará por completo as suas vidas.
A Love Song For Bobby Long é John Travolta pesado de idade e talento, Scarlett Johanssen a desmarcar-se do rótulo que as feições lhe impingiram e uma revelação chamada Gabriel Macht.
Há ainda uma banda sonora muito New Orleans e uma mão cheia de frases que tornavam um tal de Aristóteles alguém de popularidade igual ao Cristiano Ronaldo ou aos D'ZRT.

Bobby Long: "We cannot tear out a single page of our lives, but we can throw the whole book in the fire."
Lawson Pines: George Sand.
Bobby Long: Now I thought that would be a hard one.

Sunday, November 06, 2005

Belle & Sebastian


Lembro-me perfeitamente do soluço de desapontamento quando descobri que eram de Glasgow. Sempre imaginei os Belle & Sebastian na intimidade de uns modestos anexos de madeira, algures na California, a fazer música nos intervalos de um jogo de cartas, incomodados pelo fumo dos seus próprios cigarros e a brindarem à juventude com vinho branco barato.
Mesmo escoceses, eles são muito bons, e fazem parte do clã de talento da Matador Records.
Hoje, foram companhia de Domingo...

Belle & Sebastian - Beautiful
Belle & Sebastian - The State I Am In
Belle & Sebastian - She´s Losing It
Belle & Sebastian - Consuelo
Belle & Sebastian - If You Find Yourself Caught In Love
Belle & Sebastian - I Know Where The Summer Goes

Wednesday, November 02, 2005

NYTimes.com, Newspaper of Record


Enquanto Portugal ressacava de uma revolução civil bem sucedida, em Nova Iorque os computadores chegavam pela primeira vez à redacção do NYTimes, foi em Dezembro de 1974. Era o primeiro contacto do jornal com as maravilhas das novas tecnologias e o primeiro passo rumo a uma globalização que uma ainda precoce World Wide Web patrocinaria.
Vinte anos depois, a 9 de Junho de 1994 é lancado o @Times, um serviço de arte e entretenimento suportado pela America Online. Era o ensaio final para o profetizado New York Times On The Web, nascido a 19 de Janeiro de 1996. The Gray Lady - nome como também é conhecido o jornal - estava assim disponível a qualquer um através da maior rede do planeta.
O estatuto de newspaper of record - jornal de referência - herdou-o da versão em papel do diário e do rótulo de conservador também não fez questão de se divorciar. O nytimes.com é geneticamente fiel ao seu modelo em papel.

Em nytimes.com encontramos, todos os dias e sem excepção, como apelo maior, as principais noticias do dia graficamente destacadas. O conceito não é novo e todas as versões online de jornais o fazem. Se optarmos por uma selecção de noticias mais organizada apercebemo-nos de que os conteúdos essencialmente informativos estão divididos em 14 secções. São elas:
International, National, Washington, New York Region, Business, Technology, Science, Health, Sports, Education, Weather, Obituaries, NYT Front Page e Corrections.
A opinião também é uma realidade. O nytimes.com disponibiliza ao utilizador as opiniões dos editores, dos leitores e do representante dos leitores, o nomeado Public’s Editor. A seccção da Opinião está assim dividida em:
Editorials/Op-Ed, Reader’s Opinions e The Public Editor.
O nytimes.com conta ainda com uma secção temática onde o leitor tem à sua disposição os seguintes items:
Arts, Books, Movies, Theater, Travel, NYC Guide, Dining & Wine, Home & Garden, Fashion & Styles, Crossword/Games, Cartoons, Magazine, Week On Review, Multimedia/Photos (com conteúdos video e audio disponíveis) e Learning Network.
À parte de todo este conteúdo informativo o NYT on The Web oferece ao utilizador uma série de serviços, a possibilidade de registo como leitor activo da versão online do jornal e a oportunidade de ter acesso real ao formato em papel do jornal.

Quanto ao aspecto geral da página inicial, e como já tive oportunidade de referir numa análise anterior, os conteúdos com que o leitor é confrontado à partida parecem-me excessivos. É notória a preocupação em referir os mais variados temas num primeiro contacto do utilizador com o site mas, na minha opinião, a oferta desmesurada acaba por confundir e leitor.
Por outro lado, o aspecto sóbrio e directo – caracteristicas do NYT em versão paupável – transferiram-se com sucesso para o formato online e o resultado é a igual credibilidade que o jornal acaba por conseguir.

Os responsáveis pelo nytimes.com publicitam o seu trabalho como uma oferta das mesmas noticias diárias que a versão em papel acolhe, a actualização noticiária a cada 10 minutos, estatisticas e resultados desportivos actualizados ao minuto, notícias exclusivas da mercado da bolsa, a previsão do estado do tempo para os cinco dias seguintes em 1500 cidades do mundo, uma livraria grátis de mais de 5000 artigos de opinião, pesquisa histórica, pesquisa gratuita de artigos noticiosos e, para os famintos de divertimento, palavras cruzadas e outros jogos do género. É, sem dúvida, um vasto e respeitável cartão de visita.

Toda esta excelência do jornal é contestada por um legítimo alerta do Prof. Adam L. Penenberg (NY University) num artigo de opinião publicado no wired.com. Penenberg questiona o estatuto de Newspaper Of Record do NYTimes Online já que os seus artigos rara e dificilmente aparecem no Google, o maior e mais eficaz motor de pesquisa da World Wide Web.

Falhas postas de parte, a verdade é que o nytimes.com é um caso efectivo de sucesso. Os mais recentes resultados indicam-nos 21.3 milhões (confirmar aqui) de visitas únicas no mês de Setembro – números também inflaccionados pelo Katrina – o que representa um aumento de 49% em relação a igual período do ano passado. 516 milhões de visitas mensais – representa uma subida anual de 19% - colocam o nytimes.com como o segundo órgão de informação online mais procurado pelo cibernautas.
As secção mais visitada é a de informação nacional (com um aumento anual de visitas na ordem dos 300%), se bem que os valores estão intimamente relacionados com os furacões que atingiram os Estados Unidos e as recentes mudanças polémicas no Supremo Tribunal.
É igualmente importante referir que a secção multimédia do site registou um aumento de visitas na ordem dos 100%, o que só vem premiar a aposta do órgão de comunicação no melhor equipamento dos seus jornalistas.
A New York Times Electronic Edition está também agora disponível - mediante pagamento - ao utilizador e não é mais do que uma cópia da versão em papel do jornal rigorosamente reproduzida no ecrã de qualquer computador. É mais uma inovação do The Times rumo, ao que se espera, ser a forma de leitura de um jornal num futuro já não muito distante.

É toda esta excelência que fez do nytimes.com o órgão de informação mais premiado nos recentes Online Journalism Awards. As vitórias nas categorias General Excelence, Outstanding Use Of Multiple Media (com a reportagem Class Matters) e Breaking News (Asia’s Deadly Waves) só vieram confirmar o bom trabalho que os responsáveis por este projecto têm vindo a representar.

Como nota negativa, e já que falamos em responsáveis, fica o facto de não estar disponível a qualquer utilizador interessado uma ficha técnica de todos os que constituem parte integrante deste projecto. E quando tentamos contactar os poucos nomes que nos foram dispensados a resposta nem chegou a o ser. Dois aspectos a lamentar num órgão que não deixa de ser de excelência mesmo que o feedback com o utilizador seja pouco mais que nulo.