"Porque a mais razoável das loucuras é aquela partilhada com o mundo." "Para um mundo razoável esqueçam a loucura das partilhas.."

Saturday, December 24, 2005

Os CTT já eram!




Atencioso e bochechudo Pai Natal,

É com facilidade que a consideração que tenho por ti oscila na minha escala de respeito interpessoal. Reservas para ti o direito de distribuír prendas por todas as criancinhas de todo o mundo e confesso que o acho um bocado presunçoso, ó badocha!
Mas és uma ternura... O ano passado, algures entre a minha imaginação e as minhas figas, pedi-te uma namorada fofinha. Sugeri-te um nome e tu, com um compreensível atraso de 1 mês e 12 dias, lá trataste de me satisfazer o pedido.
Este ano é-me impossível exigir melhor prenda, por isso atenta na minha contenção de pedidos. Da humilde lista destaco:

A viagem a Itália por que suspiro, menos 2 cigarros por dia, menos insónias, o Manuel Alegre a Presidente, menos Presidentes, o regresso dos Portishead, menos horas no trânsito, mais palavras, mais bronze no Verão, escrever 9 páginas de um livro e, last but for sure not least, MMM (mimo da minha metade).

A teus pés me curvo,
Ricardo

E com a bexiga a rebentar..

Se a vossa vida tropeçar na monotonia e estiverem com dificuldade em fazer correr o sangue pelos tubinhos azuis que dilatam se estamos demasiado tempo ao sol, enlouqueçam e direccionem o pópó para a VCI em hora de ponta, no sentido Freixo-Arrábida, 3 dias antes do Natal e com o ponteiro do combústível a ameaçar de confronto a área da reserva.
Antes de se sentirem tontos pelas luzinhas vermelhas que se perdem no infinito, antes de lerem vezes a mais a placa que indica a saída para Matosinhos a já 500 metros, antes de ficarem sem tabaco e quase caírem na tentação de pedir um cigarro ao vizinho camionista, antes de tudo isso, concentrem-se nas caras, expressões e gestos das pessoas que, convosco, estão engarrafadas (e nunca a metáfora teve tanto sentido) entre os milhares de espelhos da crise económica por que chora Portugal.
Deliciem-se...

Goldfrapp - Lovely 2 C U
Jamie Lidell - Multiply
Jamie Lidell - Daddy's Car
Gorillaz - Kids With Guns
Phantom Planet - After Hours
Sufjan Stevens - Casimir Pulaski's Day
Cake - Perhaps, Perhaps, Perhaps

Tuesday, December 13, 2005

Amos Lee



Este fim-de-semana, num acto de dedicação fraterno, passei uma tarde no centro comercial com o meu irmão. Tentando desesperadamente fugir à azáfama consumidora da época, enclausuramo-nos na sala de cinema nº7 de pipocas e Coca Cola em punho. O filme foi escolhido segundo os meus critérios lamexas (sou o eterno e conformado apaixonado por comédias românticas) e os duvidosos critérios de diversão do meu mano mais novo.
Just Like Heaven é o que dele esperava. Seria apenas o que dele esperava não fosse uma música (que me colou à cadeira, já bem perto do final do filme).
Colors é um Xmas Gift de Amos Lee, com a mãozinha de Norah Jones.
Colors fez-me descarregar tudo o que encontrei de Amos Lee.

Amos Lee & Norah Jones - Colors
Amos Lee - Soul Suckers
Amos Lee - Arms Of a Woman
Amos Lee - Lies Of Lonely Friends
Amos Lee - Seen It All Before
Amos Lee - Dreamin'

Amos Lee é uma absorvente mistura de folk e soul. Qualquer coisa de Bill Withers e John Prine. Natural de Filadélfia, Lee lançou em Março nos EUA o seu álbum de estreia, Blue Note. É coisinha para encomendar na FNAC ou piratear (eu não disse piratear, disse escovar os dentes) na Net.

Monday, December 12, 2005

Lados "Bê" e Raridades



Há noites em que nem se coloca a hipótese de ouvir algo diferente. Noites em que só a voz pedinte da Beth Gibbons nos acelera a digestão, pede boleia ao sono e não ousa alterar o percurso normal de uma noite a sós.
Há que sentar na cama (e dar prioridade àquela posição pecadora que nos mutila paulatinamente as costas), apagar a luz, tirar o som à TV mas deixar que a sua luz ilumine o suficiente para levantar barreiras à imaginação, vestir qualquer coisa confortável entre a roupa do dia e o pijama, ter o copo de água enraizado nos escritos do Bill Byron e ouvir, pela inesquecível primeira vez, a nova aquisição melómana do Menino.
Para levitar e implorar para não mais voltar a caír..

Portishead B-Sides & Rarities - Glory Box
Portishead B-Sides & Rarities - It Could Be Sweet
Portishead B-Sides & Rarities - Wandering Star
Portishead B-Sides & Rarities - Mourning Air
Portishead B-Sides & Rarities - Numb
Portishead B-Sides & Rarities - Sour Times
Portishead B-Sides & Rarities - Airbus Reconstruction
Portishead B-Sides & Rarities - Toy Box

Friday, December 09, 2005

Cap ou pas cap?!



"Uma irresistível fábula contemporânea fundida com romântica em tons muitos negros". É assim que termina a sinopse do filme de Yann Samuell, Jeux D'Enfants (brilhantemente, sou eu que o digo, reentitulado Amor ou Consequência em português, Love If You Dare em inglês e Mieux Que La Vie para quem não gostou do título original).
Uma história de digestão sofrível mas com uma ternura originalmente rebelde.
Espero que sintam o incómodo que senti. O filme francês como nunca antes o imaginei..
"Topas ou não topas?!"

Sunday, December 04, 2005

Dá-me um mundo novo..



Ou um whisky novo!
Chamam-se Dr. Estranho Amor.
Nada têm a ver com o filme do Stanley Kubrick.
Lembram-me Ornatos Violeta quando o monstro não tinha amigos.
Passam em exclusivo na Antena3 e ofereço uma escova de dentes pouco usada a quem me conceder misericordiosa informação acerca desta banda.