Exílo de opção
Fruto da época, sinal do tempo ou simples necessidade de revitalização mediática? A verdade é que, muitos dos nomes que preenchem os títulos dos nossos jornais estão a embarcar numas férias pontuais, quiçá prolongadas, quiçá definitivas. Para o seu lugar há que promover substitutos moldáveis às exigências de uma opinião pública exigente, muitas vezes demolidora, mas sempre aberta a novas caras. Férias ou exílio? Onde andam?
José Sócrates, líder da oposição interventivo, crítico e por vezes inoportuno. Para o seu lugar encomendou José Sócrates, Primeiro-Ministro, estável, por vezes passivo, com fobia a capas de jornais e com aversão a sombras de oposição ao seu Governo mais social que socialista.
Luís Figo, galáctico entre galácticos, peça fundamental no seu clube, bandeira de Portugal e sem disponiblidade (chamem-lhe vontade) para voltar a suar a camisola das quinas ao peito. O seu nome adoptou um Figo dispensável na galáxia, com mais minutos de banco do que de bola e com uma súbita submissão patriótica que o leva a ponderar o regresso á Selecção para júbilo da nação.
Cardeal Ratzinger, rigoroso e exigente Perfeito da Congregação para a Doutrina da Fé, viu-se na fortuna de até o seu nome poder apagar da memória dos menos atentos e ostenta um soberano Bento XVI, chefe da Igreja Católica, de uma calma e simpatia que as vestes brancas também lhe conferem.
Pedro Burmester, personificação da Casa da Música, jovem incompreendido que virou costas ao projecto, auto-eliminou-se em favor de um outro Burmester, saudoso de grande obra, mais disponível e reconciliado com a vida, grato a quem o incentiva a segurar de novo as rédeas daquela que já foi a sua casa.
O Futebol Clube do Porto, porque não são só as individualidades que aderiram à moda das férias (in)oportunas, o poderoso e imbatível Campeão da Europa e do Mundo cedeu o seu trono a um outro clube, de futebol sofrível e Executivo perturbadamente instável, onde a anarquia não deixa de ser novidade.
E porque nem só os vivos se dão a estes luxos, Adolf Hitler, implacável líder nazi que, em vida, ostracizou um povo e chocou um mundo, tem a possibilidade de ver também a sua imagem moldada por um filme que caíu recentemente nos cinemas. O mesmo filme mostra-nos o lado "humano" do ditador nos últimos doze dias da sua vida, antes do suicídio.
É a nova tendência mediática, as férias existenciais, o exílio de opção, a camuflagem de personalidade ou a vitaminização da imagem. É pegar ou largar...
2 Comments:
boax puto!! atao td?..eh pah boa contextualizacao entre o paxadoo e o presente ms eskecest d mlhr d tdas...O MI!! ricardo miguel um miudo magro e franzino que so vi 1 bola a frnte (estivex sol ou chuva..gndes jgs disputads a chuva pa dpx ir pas aulas tds mlhads..lmbrast?) ms k nunca dscurava a xcola..hj e 1 jvm clmo, pacato k paxou o amor pla bola ao irmao (é vrdd k tal ta o puto..ja foi po boavista?)..c 1s rspnsaveis 20 anitx..ou n..k 1dom pa escrita!!
enquanto os outros tnham sido 1 evolucao pa "pior"..tu es como o vinh d porto..ai ai vinhaça venha ela...dscp distraim..lol lol.
bem puto vou indo k vou agra preprar o cnvivio pa lg..:p
cooli
2:28 PM
Mais um dos teus grandes textos. Tens um dom. Acredita que tens;)
*******love
3:20 PM
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